Um rei, dois filósofos, dois monges, dois santos – total: três castos

Autores

  • José de Arimathéia Cordeiro Custódio

DOI:

https://doi.org/10.29386/reb.v80i317.2244

Resumo

A castidade foi um valor muito importante na moral do homem da Idade Média. Simbólica e cercada de augúrios, tal condição imposta ao corpo físico foi bem além dos ambientes eclesiásticos, tornando-se uma opção de vida de membros de outras posições sociais. Ao lado da pobreza e obediência, a castidade constitui – ainda hoje – o conjunto de votos básicos a quem se dedica a uma vida consagrada a Deus. Ordens monástico-militares, por exemplo, seguindo uma tradição secular e as regras de São Bernardo, observavam a castidade. Mas, antes deste tempo, no importante século XI – do ponto de vista da História da Europa Ocidental – encontramos três figuras proeminentes cujas histórias pessoais, distintas entre si, registram a condição de castidade. São eles: o rei Eduardo, da Inglaterra (1003-1066), o filósofo Pedro Abelardo (1079-1142), e Santo Anselmo (1033-1109). A partir de textos do próprio Abelardo, de Anselmo, e de referências históricas e eclesiásticas ao rei Eduardo (venerado como santo em três igrejas), este estudo faz uma reflexão acerca da castidade no crucial período de transição da Alta para a Baixa Idade Média (século XI) e, na linha da Nova História, descreve as consequências desta condição em personagens conhecidos, para si e para o contexto em que viveram.

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Biografia Autor

José de Arimathéia Cordeiro Custódio

Jornalista; comunicador social na Universidade Estadual de Londrina desde 1993; doutor em Estudos da Linguagem (UEL); especialista em Teologia Bíblica e em História Social e Ensino de História, História da Arte e História Militar.

Publicado

2020-12-10

Como Citar

Custódio, J. de A. C. (2020). Um rei, dois filósofos, dois monges, dois santos – total: três castos. Revista Eclesiástica Brasileira, 80(317), 692–706. https://doi.org/10.29386/reb.v80i317.2244