Crítica à interpretação eclesiocêntrica da história de Canudos
DOI :
https://doi.org/10.29386/reb.v58i229.2404Résumé
O artigo critica uma recente e recorrente interpretação da história de Canudos, segundo a qual a experiência sertaneja teria sido um prenúncio da "igreja dos pobres”, ou ainda das “comunidades de base”. Tal interpretação é ideológica, não se baseia na experiência vivida pelos sertanejos do final do século XIX, é permeada de um eclesiocentrismo exacerbado e não faz justiça à boa maneira de se praticar a história, pois é de um anacronismo flagrante. Efetivamente, imaginar-se a Igreja (seja ela católica ou protestante, ortodoxa ou nestoriana) como única expressão histórica do cristianismo ou pelo menos como expressão mais verídica e mais fiel aos intentos de Jesus revela um eclesiocentrismo desmentido por séculos de história, mas endêmico nos dias que correm, como se tudo fosse “eclesial”.
Téléchargements
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Eclesiástica Brasileira 2021
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Os autores cedem os direitos autorais; como gratificação, a REB oferece dois exemplares ao Autor de um artigo.
A REB adere à licença não comercial (Creative Commons). Portanto, é permitida cópia, distribuição e exibição dos textos, respeitados os direitos autorais e citada a fonte de sua proveniência.