Um rei, dois filósofos, dois monges, dois santos – total: três castos
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v80i317.2244Resumo
A castidade foi um valor muito importante na moral do homem da Idade Média. Simbólica e cercada de augúrios, tal condição imposta ao corpo físico foi bem além dos ambientes eclesiásticos, tornando-se uma opção de vida de membros de outras posições sociais. Ao lado da pobreza e obediência, a castidade constitui – ainda hoje – o conjunto de votos básicos a quem se dedica a uma vida consagrada a Deus. Ordens monástico-militares, por exemplo, seguindo uma tradição secular e as regras de São Bernardo, observavam a castidade. Mas, antes deste tempo, no importante século XI – do ponto de vista da História da Europa Ocidental – encontramos três figuras proeminentes cujas histórias pessoais, distintas entre si, registram a condição de castidade. São eles: o rei Eduardo, da Inglaterra (1003-1066), o filósofo Pedro Abelardo (1079-1142), e Santo Anselmo (1033-1109). A partir de textos do próprio Abelardo, de Anselmo, e de referências históricas e eclesiásticas ao rei Eduardo (venerado como santo em três igrejas), este estudo faz uma reflexão acerca da castidade no crucial período de transição da Alta para a Baixa Idade Média (século XI) e, na linha da Nova História, descreve as consequências desta condição em personagens conhecidos, para si e para o contexto em que viveram.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Eclesiástica Brasileira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores cedem os direitos autorais; como gratificação, a REB oferece dois exemplares ao Autor de um artigo.
A REB adere à licença não comercial (Creative Commons). Portanto, é permitida cópia, distribuição e exibição dos textos, respeitados os direitos autorais e citada a fonte de sua proveniência.