Desafios atuais ao ministério ordenado na realidade do Brasil

Abstract

O artigo pergunta pelos desafios que a realidade brasileira apresenta para a vivência do ministério ordenado. Elenca cinco que incluem muitos outros. O ministro não é o centro da Igreja: cabe antepor a comunidade de fé à figura daqueles que a presidem. Não há dignidades eclesiásticas; a dignidade do cristão reside em ter sido batizado (Agostinho). Levar a sério o fato de o NT não designar os ministros da Igreja com terminologia sacerdotal. A dicotomia entre sagrado e profano, própria das religiões da humanidade, não é uma chave de compreensão do ministério, já que, pela encarnação, tudo é sagrado. Pensar o ministério a partir da missão da Igreja que é levar o Evangelho do Reino a todos os recantos do mundo (as periferias geográficas e existenciais). Humanizar a figura do ministro, pois, antes de ser cristão, ele precisa ser “gente”.

Abstract: The article asks about the challenges that the Brazilian reality presents for living the ordained ministry. It lists five, which include many others. The minister is not the centre of the Church: the community of faith must be placed before the figure of those who preside over it. There are no ecclesiastical dignities; the dignity of the Christian lies in having been baptised (Augustine). Take seriously the fact that the NT does not designate the ministers of the Church with priestly terminology. The dichotomy between sacred and profane, typical of the religions of humanity, is not a key to understanding ministry, since, through the incarnation, everything is sacred. To think of ministry from the Church’s mission, which is to take the Gospel of the Kingdom of God to all the ends of the earth (the geographical and existential peripheries). To humanise the figure of the minister, because before being Christian, he needs to be «human».

Keywords: Ordained ministry; Dacred-profane dichotomy; Priesthood; Mission of the Church; Being human.