Por uma nova ética
DOI:
https://doi.org/10.29386/reb.v64i253.1748Palabras clave:
Ética,Resumen
A modernidade atrelou o ser humano ao dogma da racionalidade instrumental e aos mecanismos da economia de mercado. Conseqüentemente, hoje somos ameaçados pelo modo de pensar quantitativo, produtivista e impessoal a serviço do projeto de dominação da natureza e da sociedade. Vivemos hoje uma realidade de mundo que se caracteriza por uma ética apenas do provisório e da imediatez, que considera o comportamento utilitarista do ser humano como o móvel de toda atividade econômica. Nossa época está pedindo uma nova consciência do lugar do ser humano no mundo. As relações sociais hoje a nível mundial são de grande destrutividade da natureza e de grande exclusão social. Ante os desafios ambientais torna-se urgente resgatar novas experiências paradigmáticas que revelem a dignidade de toda criatura. É preciso uma nova compreensão do próprio ser humano, um modo diferente de construir o discurso ético, com uma visão de mundo que reconheça o valor inerente da vida não-humana.
Abstract: Modernity has harnessed human beings to the dogma of instrumental rationality and to the mechanisms of the market economy. Consequently, we are now threatened by a quantitative and impersonal way of thinking geared only to production and in the service of a project to control nature and society. We experience a world reality that has as its main characteristic an ethics that seeks only provisional and immediate aims and that considers human beings’utilitarian behaviour as the prime motive of all economic activity. Our times are demanding a new awareness of the human being’s place in the world. International social relations promote nature’s destruction and great social exclusion. In the face of environmental challenges we must develop new paradigms that will bring to the fore the dignity of all creatures. And we need a new understanding of the human being him/herself, a different way of building the ethical discourse with a worldview that recognizes the inherent value of the non-human life.
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