Quando o falso self é hegemônico

Articulações sobre a cisão do self e a depressão

Autores

  • Sérgio Lasta Faculdade Palotina

DOI:

https://doi.org/10.29386/reb.v84i328.5638

Resumo

Este artigo objetiva abordar o tema da depressão a partir da hegemonia do falso self. Procura fazer articulações com o verdadeiro self como uma forma de refletir, problematizar a depressão que poderá ter sua etiologia ainda nas fases muito iniciais da relação mãe-bebê quando o verdadeiro self permanece encriptado pelo falso self. Discute como o ódio em relação à mãe se incrementa gerando uma sensação de quase perda do verdadeiro self e o luto se instala. O bebê protege seu verdadeiro self para que não seja destruído. O falso self seria uma proteção contra essa possível destrutividade. Para esta pesquisa foi utilizado o método bibliográfico tendo como referencial teórico o psicanalista inglês Winnicott, que desenvolveu esses conceitos, porém com alguns recortes clínicos da minha atuação como psicoterapeuta como ilustração.   Portanto, esse artigo não é conclusivo, mas uma proposta para refletir sobre o tema.

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Biografia do Autor

Sérgio Lasta, Faculdade Palotina

Pós-Doutorado em Educação pela Universidade La Salle de Canoas, RS; Doutor em Educação pela Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS; Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria, RS; graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Petrópolis, RJ, e Professor na Faculdade Palotina (Santa Maria, RS).

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Publicado

2024-08-20

Como Citar

Lasta, S. (2024). Quando o falso self é hegemônico: Articulações sobre a cisão do self e a depressão. Revista Eclesiástica Brasileira, 84(328), 280–298. https://doi.org/10.29386/reb.v84i328.5638